sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O AMOR É........


Morte Minha
ESTADO DE MORRER NÃO É MORTE DE NINGUÉM!

Estou morta
EU TE FAÇO DE NOVO EM UM VENTRE QUE EU AME DE FATO E DIREITO
Não de corpo,mas de alma
ENTÃO VOU A DEUS A ZEUS INTÉ AO DIABO MAS TUA ALMA DE VOLTA TRAGO
Meu coração não mais sente
SE NÃO SENTISSE NÃO DAVA MAGIA E VIDA AS PALAVRAS COMO AQUI
Apenas pulsa meu sangue encardido.
EU BEBO TEU ENCARDIDO E ME ABRO AS ARTÉRIAS! TOMA! BEBE!
A cada sentimento oprimido dentro de mim
EU ESTOU AI DENTRO PROCURE UM POUCO MAIS, ESPREMIDO MAS TÔ
Uma ferida nascia em meu peito
EU A CURAVA E MOSTRO E AINDA BEIJO TEU SEIO INCESTUOSAMENTE
Fui tornando-me alquebrada de tantos carbúnculos
FOSTES ILUDIDA! INTEIRA ESTAIS E ESSES CARBÚCULOS SÃO RUBIS!
Com meus poros arrebentados por inúmeras pústulas
NÃO! DOS TEUS PÓROS SÃO RIOS D’OURO AMARELO NÃO PÚSTULAS
Que cuspiam um grosso pus
VÊS AGORA! A GROSSA MATÉRIA É OURO LÍQUIDO! VEM DA TU’ÁLMA
E sangue cravado de estrias amarelas.
UM QUADRO SURREAL DE BELEZA, SANGUE E RAIOS DE OURO
A cada sonho estilhaçado
EU COLEI TODOS OS PEDACINHOS , EU SOU TEIMOSO, OLHAS!
Era parte de mim que ia se desfazendo
E EU REFAZENDO! SOU PROMETEU DE XANGÔ E QUE VENHAM OS URUBÚS
Pouco a pouco
DO MESMO JEITO, PACIÊNCIA E VIGILIA SÃO UNS DOS MEUS NOMES
Até não restar mais nada.
TE EQUIVOCASTES! O CONTEÚDO AINDA VIVE, UMA FALÁCIA TE USOU
Por isso peço-lhes um minuto de silêncio
E EU DOU UM GRITO! ABOIO DA MULESTA! DE ESTOURAR AS ÔISSA!
Pela morte de um coração fustigado
COMO? EU NÃO DEIXEI E AO FUSTIGADOR NUNCA ESQUEÇO, O DIA CHEGA
De uma alma aluída pela solidão
MAS ELA É ETER, QUEM TE FEZ SENTIR ISSO USOU PERNAS CURTAS
Alguém que sofreu muito tempo
E EU BEBI CADA LÁGRIMA DO TEU SOFRER, JUNTO, MESMO SEM SABERES
Por muito pouco
LONGE ANOS LUZ, MAS TERCEIROS TAPARAM TEUS SENTIDOS
Uma pobre coitada desdita.
UMA RICA E BEM DITA POR MIM, “PENSO LOGO EXISTO”! ÉS FORTALEZA!
Mas foi chegada a hora do seu fenecer
NADA PLANTADO POR MIM FENECE ASSIM, MAS FLORECE E CRESCE FORTE
O fim de uma vida vazia.
OLHA NOVAMENTE O RICO CONTEÚDO AINDA ESTÁ LÁ!
Agora vão
PODEM IR TODOS EU FICO EU SEI ONDE É MEU CANTO
Corram aos arautos dos ventos
ANTES EU OS COMO UM A UM, POIS TUPINAMBÁS TÊM EM MIM
E me deixem aqui comigo
COMIGO É OUTRO NOME MEU, MEU AMOR, FILHA QUERIDA TU ÉS
Exaltando minha cantoria
QUE É LINDA ASSIM COMO TUA VIDA E TEUS ESCRITOS
Em meio aos alaridos dos meus tormentos.
EU GRITAVA E TU AINDA VERDE OUVIA, MAS NÃO ESCUTAVA...
Não sofram por piedade
PIEDADE NÃO MERECE A PESONHA AINDA É ATIVA
Nem pelo adeus de algo tão vão.
QUEM DISSE QUE IRÁS PARTIR TÃO FÁCIL, E VÃ NUNCA FOSTES
Encham-se de adornos
ISSO! VAMOS FAZER UMA FESTA E BRINDARMOS A TUA VIDA
Apenas por agora
PARA TODO O SEMPRE! MESMO MEU CORPO VOLTANDO A GEIA EU FICO
Pelo que nem conheciam.
OUTRA FALÁCIA, SÓ LINDA POR SER DECANTADA POR TI
Mas chorem com todo o seu ser
MAS EU TU, TEUS IRMÃOS E TODOS OS SERES DO ETER SORRIEM
Pois também és culpado pela morte minha.
EXCULPADO PARA TI, TUA VENDA NÃO TARDA A CAIR ENTÃO ME VERÁS
AO TEU LADO... ORGULHOSO DE TI, UM DOS MEUS QUATRO REBENTOS

ESSA É UMA HOMENAGEM SURPRESA DE UM PAI PARA SUA AMADA FILHA NÃNA (MAIS CONHECIDA COMO SOFIA, LINDO NOME)!

Obs: Usamos por empréstimo a poesia “Morte Minha”, obra da poetiza “Anália Sofia” , agradecemos antecipadamente a autora pois sem sua obra o poema “Diálogo Atemporal”não teria sentido algum. egf&mary

Autores
Anália Sofia e Euripedes Gomes
João Pessoa/Paraíba/Brasil

2 comentários:

OBRA EM PRUMO disse...

Vera cruz

Me faz chorar poesia
um lamento me faz chorar
ao desencarnar galhos vivos
areias terras e ar
sofre o mar, sofre o luar
batendo as pedras
engolindo letras fuxicando
o incontido, virando pelo avesso
antes que o mundo venha se acabar.
Tem dor. te dou, tem amor
tem trem tem véu espuma escrita
que grita na lira rica da faca de ponta certa que acelera, dilacera.
Estamos vivos, estamos livros...

Riso Maria Dersu

Carla Freire disse...

Que coisa mais linda Amiga
tu és especial

Namastê