segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Sorrir
"Ainda que haja noite no coração, vale a pena sorrir para que haja estrelas na escuridão."
(Arnaldo Alvaro Padovani)
Fotografia de Carla Freire
Pensamentos
Primavera
Pablo Neruda
“Trouxe o amor o seu caudal de dores,
seu longo raio estático de espinhos
e cerramos o olhar para que nada,
para que mágoa alguma nos separe.
Teus olhos não têm culpa deste pranto:
tuas mãos não cravaram esta espada:
não buscaram teus pés este caminho:
chegou a teu coração o mel sombrio.
Quando o amor como uma onda imensa
nos esmagou de encontro à pedra dura,
nos amassou como uma só farinha,
caiu a dor sobre outro doce rosto
e assim na luz dessa estação aberta
consagrou-se a ferida primavera.”
Fotografia de Carla Freire
sábado, 29 de agosto de 2009
Flores da Noite
JARDINS
“Todo jardim começa com um sonho de amor.
Antes que qualquer árvore seja plantada ou qualquer
lago construído é preciso que as árvores e os lagos
tenham nascido dentro da alma.
Quem não tem jardins por dentro, não planta jardins
por fora, e nem passeia por eles.”
(Rubem Alves)
Fotografia de Carla Freire
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Pensamentos
Amigas.....e suas ARTES
VERSOS ÍNTIMOS
VERSOS ÍNTIMOS
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
AUGUSTO DOS ANJOS
Poeta Brasileiro
Fotografia de Carla Freire
Amigos.....e suas ARTES
SUPERFÍCIE
Super fina superfície
vixe mãe ruge guache rinse
shampoo baton sombra blush
face oculta do terceiro rich
encouraçado potequim
pequena pequim
desconheço o ton da cor
do seu rosto interior
a sua super super super superfície
Superfície assim quis
patins esquis quis fina louça
sua boca no verniz
ruge moça rasa poça
poça de lince
sua super super superfície
Jorge Papapá/Itapoã/Salvador/Ba/Brasil
Fotografia de Carla Freire
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Filha do Universo
Canção do Vento
CANÇÃO DO VENTO
O vento varria as folhas,
o vento varria os frutos,
o vento varria as flores...
E a minha vida ficava
cada vez mais cheia
de frutos, de flores, de folhas.
O vento varria as luzes,
o vento varria as músicas,
o vento varria os aromas...
E a minha vida ficava
cada vez mais cheia
de aromas, de estrelas, de cânticos.
O vento varria os sonhos
e varria as amizades...
o vento varria as mulheres.
E a minha vida ficava
cada vez mais cheia
de afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
e varria os teus sorrisos...
o vento varria tudo!
E a minha vida ficava
cada vez mais cheia
de tudo.
(Manuel Bandeira)
Fotografia de Carla Freire
domingo, 23 de agosto de 2009
Flor de Cardo
Tenho a cor da flor dos cardos
refugio-me em grota escura
para fugir dos amores da primavera
que me roubam sonhos ternuras
e me deixam toda nua
de pés descalços e mãos vazias
persigo fielmente estrelas
na rota do amor im
possível
bem ao longe (gosto de pensar)
em obscura bruma florescido
numa Constelação qualquer
talvez Andrômeda ou Cassiopéia
e cultivo rosas
rosas de sangue
num jardim secreto
veladamente espreito
os dias verdes por entre as pedras
na solidão noturna em que vivo
Anda regressa
veste-me com teus beijos
traze-me teu coração em chamas
meu nome em teus olhos acesos
_________________
Poema de Marianne Franca
Fotografia de Carla Freire
Borboleta
Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas a borboleta
E a flor é apenas flor.
Poema de Alberto Caeiro
Fotografia de Carla Freire
Amigas.....e suas ARTES
O Rio e as Flores
Se às vezes digo que as flores sorriem
E seu eu disser que os rios cantam,
Não é porque eu julgue que há sorrisos nas flores
E cantos no correr dos rios...
É porque assim faço mais sentir aos homens falsos
A existência verdadeiramente real das flores e dos rios.
Porque escrevo para eles me lerem sacrifico-me às vezes
À sua estupidez de sentidos...
Não concordo comigo mas absolvo-me,
Porque só sou essa cousa odiosa, um intérprete da Natureza,
Porque há homens que não percebem a sua linguagem,
Por ela não ser linguagem nenhuma.
Alberto Caeiro (F. Pessoa)
Fotografia de Carla Freire
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Amigos e suas......ARTES
Poema e Fotografia de
Fernando Moura
Paraíba-BRASIL
fotos inspiram versos
reversos do que se vê
retinas esculpem letras
realçando cada ser
laser furando pedra
deixando a seiva escorrer
fotos pedem poemas
do rio, na mata, no mar
noites, tardes ou dias
não importando lugar
imagens são como flores
que não se pode cheirar
fotos chamam palavras
propagadas pelo vento
passarinho em vôo alto
lágrimas de desalento
sorrisos eternizados
tempo que passa lento
fotos falam por si
carregadas de detalhes
sombras, luzes e cores
esculturas sem entalhes
aquarela sem moldura
atraindo outros olhares
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
A Primeira Foto
A primeira foto
O mais antigo conceito data de 1558, a câmara escura, descrita pelo napolitano Giovanni Baptista Della Porta. Este conceito era já utilizado por Leonardo da Vinci, como por outros artistas no século XVI para fazer as suas pinturas.
No entanto a primeira imagem fotográfica data de 1826 e foi tirada pelo francês Joseph Nicéphore Niépce de uma janela. Essa foto teve cerca de oito horas de exposição à luz solar e foi chamada de heliografia (gravura com a luz do Sol).
Este resultado foi obtido numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo fotossensível chamado Betume da Judéia.
Em 1837 Daguerre usava prata numa placa de cobre revestida de prata sensibilizada com iodeto de prata e desenvolveu um processo com vapor de mercúrio que permitia a sua revelação. O processo chamou-se daguerreótipo.
A popularização deste processo, começou a dar origem ao "fim da pintura", inspirando mais tarde o Impressionismo.
Foto de Carla Freire
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
O Computador
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Pela luz dos olhos teus
Vinicius de Moraes
Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus só p'ra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar.
Foto de Carla Freire
Adopta
Máscara
Quem de nós tem a coragem
de aceitar a sua imagem,
aquela imagem sem graça,
sem rasgos, imagem baça
que o espelho teima em reflectir?
Quem de nós tem a ousadia,
no viver do dia a dia,
de retirar a mordaça
gritando ao vento que passa
o seu interno sentir?
Quem deixa cair a máscara?
Fantasia construída
de cada um para si.
Máscara de Rei, de Profeta,
de intelectual, de poeta,
de homem muito importante
que não esquece a cada instante
o gesto, o sorrir conveniente,
a vénia subserviente,
que nunca o desmascara.
Quem deixa cair a máscara?
Poema de Helena Guimarães
Fotografia de Carla Freire
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Reflexos da Alma
Reflexos da alma
Publicado por Luis F em Poesia |
Nada mais importa,
Ciclos que começam e encerram,
Reflexos de uma alma que caminha,
Em estradas das palavras,
Onde vagueio sem morada…
Refúgio que alimenta, que se constrói,
Em copos de licor cheios de néctares,
Que mergulham nos textos…
E do nada, matam a sede de quem bebe.
Singelos e humildes textos,
Pedaços de mim, pedaços que ficam.
Como gostava de ser um poeta,
Feito de sonhos de menino,
Erguido em sentimentos que despertam.
Olhar mais além, de ver mais longe que o horizonte,
Sentir o reflexo da vida que caminha,
Desejos escondidos, momentos que passam,
Que passam, que chegam, que partem…
E ficamos ali… de olhos postos noutros olhos,
Esperando apenas… algo, talvez nada.
Num tempo que abraça o ser,
O relógio que não marca o tempo,
Numa morte anunciada de tantas e tantas vidas.
Corações que sagram, que batem, que sonham…
Na noite feita dia, em auroras de entardecer.
O pássaro que voa, que rasga o céu…
Que faz parte de mim, de ti, de alguém…
Nada mais importa, porque o espelho assim mostra,
Afinal quem sou eu?
E no silêncio procuro respostas,
Apenas saboreio o ardor das minhas palavras,
Que sopro e que partem levadas pelas mãos do vento,
Como um dente-de-leão em partículas mágicas,
Voam sem destino, voam sem morada…
Apenas partem… apenas voam…
E assim fico…
No silêncio, escrevendo apenas… para ti.
Foto de Carla Freire
Comigo
Quando o sol se vai a lua amarela
Fica colada no céu, cheio de estrela
Se essa lua fosse minha
Ninguém chegava perto dela
A não ser eu e você
Ah, eu pagava prá ver
Nós dois no cavalo de ogum
Nós juntos parecendo um
Na lua, na rua, na nasa, em casa
Brasa da boca de um dragão...
Excerto de "Comigo"de Zeca Baleiro
Foto de Carla Freire
Tanto Querer
Geraldo Azevedo - Nando Cordel
Quando a gente se encontra, cresce no peito um gosto de vida, um sorriso, tanto querer.
É quando a luz da saudade acende de um jeito
Se faz tanto tempo a gente não quer nem saber
Agora será como sempre, eterno, presente
Certeza que mesmo distante, em nós resistiu
Seja luar, amanhecer, saudade vem e vai, amor é o que me levará a você
Foto de Carla Freire
sábado, 15 de agosto de 2009
Dia Branco
Dia Branco
Geraldo Azevedo
Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...
Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...
Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...
Nesse dia branco
Se branco ele for
Esse tanto
Esse canto de amor
Oh! oh! oh...
Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo
Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...
Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...
Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...
E nesse dia branco
Se branco ele for
Esse canto
Esse tão grande amor
Grande amor...
Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo
Comigo, comigo.
Foto de Carla Freire
Anayde Beiriz
Num Banco de Jardim
Num banco de jardim uma velhinha
está tão só com a sombrinha
que é o seu pano de fundo.
Num banco de jardim uma velhinha
está sozinha, não há coisa
mais triste neste mundo.
E apenas faz ternura, não faz pena,
não faz dó,
pois tem no rosto um resto de frescura.
Já coseu alpergatas e
bandeiras verdadeiras.
Amargou a pobreza até ao fundo.
Dos ossos fez as mesas e as cadeiras,
as maneiras
que a fazem estar sentada sobre o mundo.
Neste jardim ela
à trepadeira das canseiras
das rugas onde o tempo
é mais profundo.
Num banco de jardim uma velhinha
nunca mais estará sozinha,
o futuro está com ela,
e abrindo ao sol o negro da
sombrinha poidinha,
o sol vem namorá-la da janela.
Se essa velhinha fosse
a mãe que eu quero,
a mãe que eu tinha,
não havia no mundo outra mais bela.
Num banco de jardim uma velhinha
faz desenhos nas pedrinhas
que, afinal, são como eu.
Sabe que as dores que tem também são minhas,
são moinhas do filho a desbravar que Deus lhe deu.
E, em volta do seu banco, os
malmequeres e as andorinhas
provam que a minha mãe nunca morreu.
ARY dos SANTOS
Foto de Carla Freire
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Ditos do Brasil
"Carro sem roda não anda, bêbado deitado não cai, chifre de corno não fura e cachaça pura não vai!"
Coisas do Brasil
Nun sabia qui tu era tão linda ancim!
Eu sô mermo um astuto
Cunsigui vê sua fotinha
Mermo cum esse xaruto
Ocê é mermo bunitinha
E quéça magreza tão bela
Inda cum éssa flô marela
É mais bunita qui a Juaninha!
Vô te falá a verdade
Te falo aqui cum franqueza
Em toda a minha idade
Nunca vi tanta realeza
E pur mais qui se faça
Os ócros fundo de garrafa
Mostrô toda a beleza.
Estes brinco... hum qui brinco!
E os cabelin lôro branco?
Tu é bunita eu nun brinco
Falo pra te qui sô franco
Tu é bunita muitio dimais
Iguá a ancê nun vai tê jamais
Meus zóio ficô inté manco.
Por isso eu quero dizê
Para ancê neste cordéu
Qui mais bunita que ancê
Nun izéste, sô incréu
E pra izéstí tár buniteza
Cum tanta ancim realeza
Só mermo as anjas do céu.
Bejão linda, lindona, nun sabia qui era tão linda ancim.
Você qué vê a foto vai na sala dela, da Rejane Chica vale a pena, a muié é linda dimais
Airam Ribeiro
(na foto Zé Lezin)
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E aqui na santa terrinha festejamos o Santo António,padroeiro da cidade. São as Festas do Município de Vale de Cambra. O programa é variado...
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Açorda de Marisco Ingredientes: Para 4 pessoas 500 g de camarão ; 500 g de berbigão ; 500 g de amêijoas ; 500 g de pão ; 3 dentes de a...
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Gente eu não sabia que valho 15 camelos.... Façam este curioso teste pra verem quantos camelos vocês valem Que Absurdooooo kkkkkkkkkkkkkkkk ...