Formigas
Às vezes fico aqui
A observar as formigas
Que vêm e que vão
Sem intrigas
Sobre o corre mão da escada
A procura de nada.
Migalhas de vida a esmo,
Sem sossego!
E no verão
É aquela confusão de vais e vens
E antenadas
A dizer umas às outras
Onde estão os restos das ostras
E das cocadas.
Às vezes
Formigas têm asas
E aí saem do chão em brasa
Do sertão,
E voam a encontrar do mar
A direção.
Porque às vezes é bom sair de casa,
Outras vezes, não.
Enfim, ser ou não ser formiga?
Eis uma questão antiga.
Sem comentários:
Enviar um comentário