domingo, 17 de outubro de 2010

Formigas




Formigas


Às vezes fico aqui
A observar as formigas
Que vêm e que vão

Sem intrigas
Sobre o corre mão da escada
A procura de nada.

Migalhas de vida a esmo,
Sem sossego!

E no verão 
É aquela confusão de vais e vens 
E antenadas
A dizer umas às outras
Onde estão os restos das ostras
E das cocadas.

Às vezes
Formigas têm asas
E aí saem do chão em brasa
Do sertão,
E voam a encontrar do mar
A direção.

Porque às vezes é bom sair de casa,
Outras vezes, não.

Enfim, ser ou não ser formiga?
Eis uma questão antiga.

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