terça-feira, 19 de outubro de 2010

Amigos e suas....ARTES


Intermináveis portas de um labirinto cego , assim o amor vai surgindo dentre os gritos da floresta dos sentidos do ser.

Quem terá a coragem de limitar a forma dos desejos e a alquimia que transforma o medo?

Porque se descobre a cada instante alguma pergunta pudicamente nua escondida na inocência 

Então não vislumbramos cores de uma tela abstrata e toda música escapa espavorida dos sonhos

Diz-me agora, quando foi que esquecemos o jornal numa plataforma sem trens?

Em que momento uma folha seca de outono parou exausta de lutar contra o vento?

Quando foi que a última gota do suor do teu sexo afogou o mistério de Eros?

Sinto que não há horas marcadas por fagulhas de fogo e nem beijos tão eternos que não perdoem o pecado do tempo

Uma luz espera na orfandade da noite

Eu também espero...

Flavio Pettinichi / Brasil
Foto de Carla Freire

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