Quem terá a coragem de limitar a forma dos desejos e a alquimia que transforma o medo?
Porque se descobre a cada instante alguma pergunta pudicamente nua escondida na inocência
Então não vislumbramos cores de uma tela abstrata e toda música escapa espavorida dos sonhos
Diz-me agora, quando foi que esquecemos o jornal numa plataforma sem trens?
Em que momento uma folha seca de outono parou exausta de lutar contra o vento?
Quando foi que a última gota do suor do teu sexo afogou o mistério de Eros?
Sinto que não há horas marcadas por fagulhas de fogo e nem beijos tão eternos que não perdoem o pecado do tempo
Uma luz espera na orfandade da noite
Eu também espero...
Flavio Pettinichi / Brasil
Foto de Carla Freire
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