TOMO I
"DUAS FLORES BROTARAM DE TERRA INSANA E CINZA
UMA VIRIA A SER AKOT CHEIA DE CANÇÕES E FEITIÇOS
OUTRA PLENA DE POEMAS OCULTOS NANÃ, EM BERÇO DORMIA
CRESCERAM SOB VERDADES OPACAS LIÇÕES FALACIOSAS
A PRIMEIRA, A TERRA QUIZ ABORTAR SEMENTE MULHER
E NUMA MADRUGADA QUANDO PLANOS VIS ESTAVAM EM CURSO
BENDITOS PARA MÃE, A PÉRFIDA MORTE DO BROTO PRIMEIRO
PARA A TERRA MÃE MEDIOCRE GERADOR
O TOSCO SOL DISSE - NÃO À MORTE!
E O SOL VENDEU SEU TEMPO
SE ATIROU SOBRE UM INFINDO MAR AMARO MAR, AMARGO MAR
E A SEMENTE ESCAPOU ILESA, PARA CRESCER
ASSIM AMBAS MEDRARAM E A TERRA MEDIOCRE PRENDEU O SOL
QUE SE SUBMETEU ENQUANTO A TERRA SE FORMAVA
E TECIA A TRAMA DO SEU EGOÍSMO
SEM SE PREOCUPAR COM AS DUAS FLORES
ENTÃO O SOL DISSE SEU SEGUNDO NÃO PARA A TACANHA TERRA
E SE DISTANCIOU FICANDO PRESO APENAS PELAS FLORES, DUAS VIDAS
MAS APESAR DE DISTANTE NUNCA ABANDONOU ESSAS FLORES
ENTÃO A TERRA MAQUIAVÉLICAMENTE ECLIPSOU O SOL
COM VERSÕES QUE CAMUFLASSEM SEU ATO ALIENANTE
UM SEQUESTRO DO PASSADO..."
Euripedes Gomes
Paraíba/Brasil
Foto de Carla Freire
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