quarta-feira, 9 de junho de 2010

PAPÉIS



Esparsos, teus olhos diluem o dia

Esparsa em tuas costas, a poesia

O alto-relevo é sentida em tua mão

A geografia do mundo está mudada

Os livros abrem janelas, o computador mostra o mundo

A revolução vem em forma de pingüim

Criptografados, teus pés seguem o caminho

Consigo morrer, mas não viver sozinho

Dizem que “todo homem é uma ilha”

Mas mesmo as ilhas têm seus coqueiros...



Esparso, elástico, exato

Esparsa, elástica, exata

Tua alma se veste de poesia

Teu corpo pinga energia

A noite se oferece em taças de vinho

O mundo torna-se pequeno diante do teu olhar

Em teu colo meus sonhos atravessam o mar

Criptografada, tua alma traduz a minha

Esparsos, papéis aguardam o carinho esferográfico

Elástico, o corpo espreguiça-se

Exato, o beijo...

Exata te vejo

Elástica, disfarça tuas mãos

Esparsa, o lirismo do teu coração...

Mauro Rocha/Piauí/Brasil







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