domingo, 28 de março de 2010
SÓ
Só
Vejo-me triste, abandonada e só
Bem como um cão sem dono e que o procura,
Mais pobre e desprezada do que Job
A caminhar na via da amargura!
Judeu Errante que a ninguém faz dó!
Minh’alma triste, dolorida e escura,
Minh’alma sem amor é cinza e pó,
Vaga roubada ao Mar da Desventura!
Que tragédia tão funda no meu peito!…
Quanta ilusão morrendo que esvoaça!
Quanto sonho a nascer e já desfeito!
Deus! Como é triste a hora quando morre…
O instante que foge, voa, e passa…
Fiozinho de água triste…a vida corre…
{“{Florbela Espanca
quinta-feira, 25 de março de 2010
Palavras Sábias
Dê de você mesmo o quanto puder!
Sabe, quando você se for, a única coisa que vai deixar é a lembrança do que fez aqui.
Seja bom, tente dar sempre o primeiro passo para a reconciliação, nunca negue uma ajuda ao seu alcance, perdoe e dê de você mesmo.
Seja uma bênção a todos que o cercam! Deus não vem em pessoa para abençoar, Ele usa os que estão aqui dispostos a cumprir essa missão.
Todos nós podemos ser Anjos. A eternidade está em nossas mãos.
Viva de maneira honrada, para que quando envelhecer, você possa falar só coisas boas do passado e sentir assim, prazer uma segunda vez ...
e ter a certeza de que quando você se for, muito de você ainda fique naqueles que tiveram a boa ventura de te encontrar.
Chico Xavier
Fotografia de Carla Freire
Foi culpa da Lua
Somente eu e você (Foi culpa da lua)
(Ivete Sangalo)
Foi culpa da lua, eu te perceber
A culpa foi sua, me fez querer você
Ainda te ouço, me dizendo assim
Me abrace depressa, você é feito pra mim
Diz, haja o que for ou o que houver
Que o seu coração, vai estar onde o meu estiver
Se a culpa é da lua, quando ela acender
Vai brilhar somente pra mim e pra você
Diz, haja o que for ou o que houver
Que o seu coração, vai estar onde o meu estiver
Foi culpa da lua, eu te perceber
A culpa foi sua, me fez querer você
Se a culpa é da lua, quando ela acender
Vai brilhar lembrando, somente eu e você
Pra mim e pra você, somente eu e você.
Foto de Carla Freire
domingo, 21 de março de 2010
Remédio
Dia da Árvore e da Floresta
Morrem as árvores de pé?
Uma árvore cai!
Não se (lhe) ouve um som
na Natureza
a morte é sempre assistida do silêncio.
As outras árvores choram...
e o seu pranto é mais pungente
que a dor do tronco magoado,
a descer lentamente por entre a vegetação,
até esmagar o solo.
Helena de Sousa Freitas
Foto de Carla Freire
Talento
A caricatura é mais do que uma brincadeira. Para aqueles que não sabem, existe toda uma técnica que tem de ser dominada e os desenhos são feitos com tanta inspiração e talento, como em qualquer outra arte. Tiago Hoisel, caricaturista de Salvador da Bahia, é um bom exemplo do domínio de boa parte desta técnica, apesar de ter apenas 25 anos.
Fazendo parte da nova geração de ilustradores brasileiros, Hoisel vem chamando a atenção do mercado editorial, devido à sua qualidade, humor e rigor nos detalhes, trabalhando para muitas revistas brasileiras. Uma das suas maiores inspirações é o cartunista Ique, nome de referência nas caricaturas brasileiras que trabalha há mais de 20 anos no Jornal do Brasil.
Hoisel domina o Photoshop como poucos e dá vida às suas personagens trasnformando-as em desenhos dignos da Pixar. Trabalhando quase todos os dias, prefere o 2D e e os desenhos pouco elaborados e as ideias simples. Hoje trabalha principalmente em publicidade, onde tem pouco tempo e uma alta exigência de qualidade, utilizando texturas de fotografias para enriquecer as imagens.
Quanto ao futuro, Hoisel quer continuar a estudar pintura e possivelmente trabalhar em animação, pois a concepção de personagens sempre foi algo que o fascinou. Com talento, tudo é possível e quem sabe se um dia ele não estará na Pixar?
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2010/03/as_caricaturas_de_tiago_hoisel.html#ixzz0iqICaVRb
sábado, 20 de março de 2010
Entre o Céu e o Mar
Entre o céu e o mar
(Elba Ramalho)
Quantos labirintos tem meu coração
Pra eu me perder e te encontrar
Quantas avenidas tem o seu olhar
Pra eu te seguir e me guiar
Meu coração me leva
Perto demais do seu
Meu coração nem sabe porque
O meu amor é bem maior que eu
Quem sabe o destino ainda vai juntar
O céu e o mar, eu e você
Quem de nós um dia iria imaginar
Que o amor pudesse acontecer
Seu coração é livre
Tanto que prende o meu
Seu coração nem sabe porque
O meu amor é tão igual ao seu
Seu coração é livre
Tanto que prende o meu
Seu coração nem sabe porque
O meu amor é tão igual ao seu
Liberdade
Sou livre como um passarinho
Vivo a voar
Entre as nuvens passageiras
Nessa terra brasileira
Vivo a musicalizar
Canto a fauna e a flora
Porque gosto de cantar
A poesia quando aflora
Ao som da viola
Em música a transformar
Viajando em pensamento
Líbido de esquina,tudo da inspiração
Vivo emoções,toco um instrumento
Levando um som com os amigos,curtindo uma paixão
Ângela de Oliveira/João Pessoa/Brasil
Foto de Carla Freire/Portugal
Amigos e suas .........ARTES
A DANÇA DA PSIQUE
A DANÇA DA PSIQUE
A dança dos encéfalos acesos
Começa. A carne é fogo. A alma arde. A espaços
As cabeças, as mãos, os pés e os braços
Tombam, cedendo à ação de ignotos pesos!
E então que a vaga dos instintos presos
- Mãe de esterilidades e cansaços -
Atira os pensamentos mais devassos
Contra os ossos cranianos indefesos
Subitamente a cerebral coréia
Pára. O cosmos sintético da Idéia
Surge. Emoções extraordinárias sinto
Arranco do meu crânio as nebulosas
E acho um feixe de forças prodigiosas
Sustentando dois monstros: a alma e o instinto!
Augusto dos Anjos/Brasil
Foto de Eric Kellerman
sexta-feira, 19 de março de 2010
ARTE em João Pessoa
MAP
Iª Mostra da Arte Periférica
de 20 de março a 1º de abril de 2010
Ateliê Multicultural Elioenai Gomes
Galeria da Ladeira
R. Ladeira da Borborema, 101 varadouro
abertura da Exposição sábado,dia 20
Lançamento do catálogo da mostra
Arte midia - fortaleza (ce)
Jam session
traga seu instrumento musical e venham celebrar
barzinho funcionando no local p/ o evento
inf: 83 8730 9629 83 8730 9629
participem e divulguem
Na foto Mandala da Sorte de
Elioenai Gomes/Paraíba /Brasil
AMOR
Mar e Lua
Mar E Lua
(Chico Buarque)
Amaram um amor urgente
As bocas salgadas pela maresia
as costas lanhadas pela tempestade
Naquela cidade distante do mar
Amaram o amor serenado das noturnas praias
levantavam as saias e se enluaravam de felicidade
naquela cidade que não tem luar
Amavam um amor proibido pois hoje é sabido
Todo mundo conta que uma andava tonta
grávida de lua e outra andava nua
ávida de mar
E foram ficando marcadas ouvindo risadas
sentindo arrepios olhando pro rio
tão cheio de lua e que continua
correndo pro mar
E foram correnteza abaixo rolando no leito
engolindo água, boiando com as algas
arrastando folhas, carregando flores
e a se desmanchar
E foram virando peixes, virando conchas
virando seixos, virando areia
prateada areia com lua cheia
e à beira mar
Foto de André Brito/Portugal
quarta-feira, 17 de março de 2010
VIDA
INDIA
Caminho Sóis
Caminho Sóis
noite na cidade começa
com o jacaré no por do sol
o ponto mais oriental
se torna cada vez mais meu
não é porque transito pelas ruas
como uma mero mortal imortal
que o amor pode fazer o que quizer
roubar minha saudade
e pelas praias mais bonitas
caminhos sóis
escuto a melodia que o mar criou pra nois
ondas, praias, areias
desejos e coração
tudo isso ao alcance das minhas mãos
mas da minha alma não...
Postado por BONA AKOTIRENE /Paraíba/Brasil
edição de fotografia de Carla Freire
Cabo Verde
segunda-feira, 15 de março de 2010
Poesia de Zé da Luz
" A Cacimba"
Zé da Luz
Tá vendo aquela cacimba
lá na bêra do riacho,
im riba da ribanceira,
qui fica, assim, pru dibáxo
de um pé de tamarinêra.
Pois, um magóte de môça
quage toda manhanzinha,
foima, assim, aquela tuia,
na bêra da cacimbinha
prá tumar banho de cuia.
Eu não sei pru quê razão,
as águas dessa nacente,
as águas que ali se vê,
tem um gosto diferente
das cacimbas de bêbê...
As águas da cacimbinha
tem um gôsto mais mió.
Nem sargada, nem insôça...
Tem um gostim do suó
do suvaco déssas môça...
Quando eu vejo essa cacimba,
qui inspio a minha cara
e a cara torno a inspiá,
naquelas águas quiláras,
Pego logo a desejá...
... Desejo, prá quê negá?
Desejo ser um caçote,
cum dois óio dêsse tamanho
Prá ver aquele magóte
de môça tumando banho!
Foto de Yuri Dojc
Taj Mahal - Uma história de amor
Umas das 7 maravilhas do mundo, praticamente todos já o viram em inúmeras fotografias, mas o que poucos sabem, é a história que está por detraz deste inigualável monumento. O Taj Mahal, é não mais do que uma ode ao amor e representa toda a eloquência que este sentimento pode ser. Durante séculos, o Taj Mahal inspirou poetas, pintores e músicos que tentaram capturar a sua magia em palavras, cores e música. Viajantes cruzaram continentes inteiros para ver esta esplendorosa beleza, sendo poucos os que lhe ficaram indiferentes.
Como todas as histórias, esta também começa da mesma maneira... Era uma vez um príncipe chamado Kurram que se enamorou por uma princesa aos 15 anos de idade. Reza a história que se cruzaram acidentalmente mas seus destinos ficaram unidos para todo o sempre. Após uma espera de 5 anos, durante os quais não se puderam ver uma única vez, a cerimónia do casamento teve lugar do ano de 1612, na qual o imperador a rebaptizou de Mumtaz Mahal ou "A eleita do palácio". O Príncipe, foi coroado em 1628 com o nome Shah Jahan, "O Rei do mundo" e governou em paz.
Quis o destino que Mumtaz não fosse rainha por muito tempo. Ao dar à luz o 14º filho de Shah Jahan, morreu aos aos 39 anos em 1631. O Imperador ficou tremendamente desgostoso e inconsolável e, segundo crónicas posteriores, toda a corte chorou a morte da rainha durante 2 anos. Durante esse período, não houve musica, festas ou celebrações de espécie alguma em todo o reino.
Shah Jahan ordenou então que fosse construído um monumento sem igual, para que o mundo jamais pudesse esquecer. Não se sabe ao certo quem foi o arquitecto, mas reuniram-se em Agra as maiores riquezas do mundo. O mármore fino e branco das pedreiras locais, Jade e cristal da China, Turquesa do Tibet, Lapis Lazulis do Afeganistão, Ágatas do Yemen, Safiras do Ceilão, Ametistas da Pérsia, Corais da Arábia Saudita, Quartzo dos Himalaias, Ambar do Oceano Índico.
Surge assim o Taj Mahal. O seu nome é uma variação curta de Mumtaz Mahal.. o nome da mulher cuja a memória preserva. O nome "Taj", é de origem Persa, que significa Coroa. "Mahal" é arábico e significa lugar. Devidamente enquadrado num jardim simétrico, tipicamente muçulmano, dividido em quadrados iguais cruzado por um canal ladeado de ciprestes onde se reflecte a sua imagem mais imponente. Por dentro, o mausoléu é também impressionante e deslumbrante. Na penumbra, a câmara mortuária está rodeada por finas paredes de mármore incrustado com pedras preciosas que forma uma cortina de milhares de cores. A sonoridade do interior, amplo e elevado é triste e misterioso, como um eco que soa e ressoa sem nunca se deter.
Sobre o edifício surge uma cúpula esplendorosa, que é a coroa do Taj Mahal. Esta é rodeada por quatro cúpulas mais pequenas, e nos extremos da plataforma sobressaem quatro torres que foram construídas com uma pequena inclinação, para que em caso de desabamento, nunca caiam sobre o edifício principal.
Os arabescos exteriores são desenhos muçulmanos de pedras semi preciosas incrustadas no mármore branco, segundo uma técnica Italiana utilizada pelos artesãos hindus. Estas incrustações eram feitas com tamanha precisão que as juntas somente se distinguem à lupa. Uma flor de apenas sete centímetros quadrados, pode ter até 60 incrustações distintas. O rendilhado das janelas foi trabalhado a partir de blocos de mármore maciço.
Diz-se que o imperador Shah Jahan queria construir também o seu próprio mausoléu. Este seria do outro lado do rio. Muito mais deslumbrante, muito mais caro, todo em mármore preto, que seria posteriormente unido com o Taj Mahal através de uma ponte de ouro. Tal empreendimento nunca chegou a ser levado a cabo. Após perder o poder, o imperador foi encarcerado no seu palácio e, a partir dos seus alojamentos, contemplou a sua grande obra até à morte. O Taj Mahal foi, por fim, o refúgio eterno de Shah Jahan e Mumtaz Mahal. Posteriormente, o imperador foi sepultado ao lado da sua esposa, sendo esta a única quebra na perfeita simetria de todo o complexo do Taj Mahal.
Após quase quatro séculos, milhões de visitantes continuam a reter a sua aura romântica... o Taj Mahal, será para todo o sempre um lágrima solitária no tempo.
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2005/08/taj_mahal.html#ixzz0iIASbx0P
Oficina
Logo depois do grave acidente emotivo
o coração chegou capotado para uma boa reforma
foram avaliados todos os estragos dos seus sonhos perdidos
e logo soaram as primeiras marteladas na lataria dos sentimentos
foram cuidadosamente retiradas as partes machucadas pela paixão
só depois vieram as soldas dos itens que estavam instáveis na afetividade
tudo foi realinhado à estrutura original do motor da compreensão
as válvulas de escape revisadas para evitar uma futura insegurança
verificado o estado dos amortecedores emocionais e os freios dos medos
a caixa de mudanças para uma troca perfeita das velocidades das dúvidas
para finalmente receber os demorados retoques finais de carinho
e ser levado ao pátio da ilusão com pintura brilhante e impecável
agora sim, pronto para a nova aventura na avenida do amor
Sandoval Fagundes, João Pessoa - segunda-feira, 15 de março de 2010
Foto de André Brito/Portugal
O Segredo dos Felinos
Não se trata do endeusamento dos gatos. Pelo contrário do contrário. O eco que transita, sem perder força, é o da subserviência por parte deles. Os cínicos e misteriosos felinos estariam a serviço de nós, meros existencialistas? Os revestidos por uma terna pelagem estariam propensos à obediência? A máxima “dar para receber” configura uma interação recíproca de carícia?
Estabelecemos uma relação afetiva, supostamente, mútua. Até o mais cético reconheceria a correspondência por parte deles. Romantistas de noites mal dormidas romperiam com esse mito.
Domesticados, manifestam desdém profundo com os bípedes. São tratados, cuidados, bajulados, e retribuem com desprezo. Felinos são enigmáticos. Divertidos. E estupidificantes, diria. Por mais equivocado que pareça, não nos dão a mínima bola.
No ínfimo dos cuidadosos e flexíveis rastros, sustentam um detalhado e minucioso estudo sobre a raça humana. E, por vezes, percebo que manifestam uma sensação de perda de tempo. Como se a humanidade fosse um objeto trivial, pífio, fútil, banal, ordinário, vulgar, medíocre – e mais alguns adjetivos refletores da raça humana.
Nossas ciências positivistas, vãs filosofias, artes subjetivas e literaturas líricas devem ser, para eles, uma piada de mal gosto. Nosso caso é um caso perdido – por isso, não há vantagens que justifiquem a revelação deles, como seres absurdamente inteligentes.
Às vezes, entre meia e cheia xícara de chá, observo um deles desatando uma bola de lã. Aparentemente, direitíssimo. No entanto, acredito que o traiçoeiro está estruturando uma nova teoria macroeconômica, de proporções que deixariam Marxistas com os cigarros apagados.
Algumas bibliotecas empregam gatos. Em troca de ração, eles respeitam o silêncio e atribuem um teor lúdico ao estabelecimento. Um tanto exótico: os cautelosos e introspectivos felinos vagando pelas estantes de livros. Estes, na sociedade felídea, são os humoristas – e que comédia sem sal é o arsenal de escritos humanos!
Termino por aqui meu atrevimento. E espero, nesta noite, não transubstanciar em um cadáver imerso ao leite.
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2010/03/o_segredos_dos_felinos.html#ixzz0iI4y5oo4
Este artigo é contributo de um leitor do obvious. André Henrique é brasileiro, jornalista, cronista, ensaísta e escreve no blog Socialistas Sociólogos Sociopatas.
Foto de Carla Freire/Portugal
Brasis
Fundada em maio de 2009, como projeto do músico Rafael Araújo, em parceria com Milena Medeiros e Eliza Garcia, a banda Brasis enfrentou dificuldades para se reunir antes mesmo de começar a se apresentar. Mesmo assim, convites foram feitos e houveram apresentações em algumas festas do circuito universitário, logo conquistando o público com suas releituras da época da tropicália e de músicas locais. Em setembro do mesmo ano, a banda foi convidada a participar do tradicional Festival Cantatorre, organizado pela articulação cultural do Bairro da Torre em João Pessoa, em parceria com a secretaria de cultura (FUNJOPE). A partir daí, a banda começou a ser reconhecida no cenário da música popular de João Pessoa.
A Brasis surgiu numa época de grandes avanços no campo artístico-cultural da cidade, lugar que concentra um grande caldeirão de criatividade em ebulição constante e que uma vez viu a explosão do movimento Jaguaribe Carne, tendo agora a oportunidade de respirar mais uma vez a cultura pessoense propriamente dita, traduzida na música popular misturada com os ritmos que mais expressam a brasilidade no contexto geral.
O grupo começou tocando versões e adaptações livres de clássicos da MPB. Contudo, hoje já se vê uma identidade musical própria, muitas vezes intitulada como tropicalista. De fato, a banda respeita as influências que tem de Ney Matogrosso e Caetano Veloso e através dos maracatus, cirandas e côcos, entrelaçando-se com os grooves e elementos de terreiro, a Brasis não apenas revive a música brasileira, como também expressa um sentimento contido em toda uma geração de jovens universitários e brasileiros.
A força de luta dessa classe, vista tanto da posição social quanto da filosófica, une-se ao amor que se tem pela cidade natal, pelo estado e pelo desejo de fazer cultura e arte, sendo soprada aos ouvidos de quem merece saber que não está só na guerra pela vida e pelo conhecimento.
A banda recebeu críticas positivas em relação às apresentações e à proposta geral. O clima de brasilidade, de suingue, pode ser percebido quando do excelente desempenho de Rafael Araújo, fazendo um papel de frontman que há tempos não se via ou não se percebia em cima do palco. A força do compasso fica por conta de Eliza, comandando ritmos fortes que casam muito bem com a Alfaia de Jackeline Aires. Nas cordas, Milena Medeiros, Igor D'Angelis e Góis dão cores a músicas como “Zanzar” (de autoria de Bombinha – compositor do bairro da Torre), “O Legado de Matias”, “Meia Lua”, “Dos Dois aos Doze” e outras.
Para saber mais:http://gersonabrantes.blogspot.com/2010/03/brasis.html
Fotos: Sandoval Fagundes
Edição: Gerson Abrantes
Curiosidades
Quem são os piores amantes do mundo?
Não, não são os portugueses. Pelo menos, ficámos fora do campeonato. São os alemães. Saiba quem são os outros.
Catarina Fonseca
Se um alemão lhe oferecer flores, pense bem se quer continuar com o romance: é que, segundo uma sondagem do site http://www.onepoll.com/, os alemães são os piores amantes da Europa.
O site pediu a mulheres de 20 países para darem a sua pontuação à perícia sexual das várias nações (enfim, presume-se que fosse dos 'nativos' que conheciam por experiência própria...) e os lugares no pódium não se fizeram esperar: a medalha de ouro de piores amantes foi direitinha para os alemães. Causa: cheiram mal. A medalha de prata foi para os ingleses, acusados de serem preguiçosos, e o bronze foi para os suecos, demasiado rápidos a cortar a meta.
Ou seja: a moral da história é que, basicamente, para uma mulher o mais importante nem é que um homem domine todas as posições do kamasutra: essencial mesmo é que seja lavadinho, trabalhador e paciente.
O resto do mundo também não prima pelas artes do amor: os holandeses são muito brutos, os americanos muito dominadores, e os gregos muito sujos. Os escoceses fazem muito barulho, os turcos suam demasiado e os russos são peludos.
Mas nem tudo foi um desastre na cama: também há quem saiba o que está a fazer. A medalha de ouro de Melhores Amantes foi para os espanhóis, seguidos pelos brazileiros e pelos italianos: o charme latino, pelos vistos, ainda é o que era, ou então as mulheres andam a ver demasiados filmes com o Antonio Banderas.
Conclusão: as mulheres estão mais exigente e já não não aceitam qualquer um na cama. Os homens que comecem a aprender qualquer coisa: ou pelo menos, a tomar banho. Não é pedir muito, pois não?
sábado, 13 de março de 2010
Ré conhecendo si
R E T R A T O S
R E T R A T O S
Valquíria Lins
Todos os longes estão perto de mim
E as minhas tardes hoje são bastante tardes
Quando elas chegam trazem o álbum da saudade
Que eu folheio do princípio até o fim
Assim vagueio pousando nos outroras
Folheando páginas nas miragens que eu via
E de repente uma tal fotografia
E eu mergulhando em um lago de saudades
Todos os nuncas que estão no meu agora
Distanciam-me do infinito de você
Hoje o que é perto é um álbum de retratos
A solidão que dorme cedo em meu quarto
E a ânsia doida, a febre louca de lhe ver.
Foto de Carla Freire/Portugal
sexta-feira, 12 de março de 2010
Frases
Uma forma diferente de ver a comida
Sakurako kitsa - uma forma diferente de ver a comida
Publicado em artes e letras por bjr
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2008/10/sakurako_kitsa_-_uma_forma_diferente_de_ver.html#ixzz0i1CRivbO
Há diversos tipos de arte. Uma requer um olhar mais demorado, até nos apercebermos das subtilezas e encantos de toda a composição. Outra é imediata. Somos como que invadidos por aquela sensação de admiração e espanto, ficando completamente rendidos ao talento e à originalidade.
Foi exactamente isso que senti quando vi pela primeira vez os trabalhos de Sakurako Kitsa, também conhecida por Amorette Dye. As propostas são simples pratos de comida com um arranjo talentoso onde, para além de cenas do quotidiano, vemos a representação de objectos reais e imaginários elaborados com muito bom gosto.
Mais do que qualquer descrição, as imagens falam por si.
Alessandro Bavari
Sodoma e Gomorra, as cidades do pecado - Alessandro Bavari
Publicado em fotografia por diana em 11 mar 2010
Sodoma e Gomorra, as duas cidades bíblicas destruídas pela ira de Deus pelo seu vício e pecado, voltaram a ganhar vida pelas mãos de Alessandro Bavari. O italiano decidiu recriá-las numa colecção de arte digital obscura feita unicamente em Photoshop.
Inspirado na arte renascentista italiana e flamenga, as séries Sodoma e Gomorra lembram-nos o assustador imaginário religioso dos pintores d século XIV e XV. Autênticas aberrações dignas do fim do mundo acompanhadas de um cenário sombrio e de versos bíblicos, como a Epístola de Judas, criam um freak show à moda antiga: um lugar onde cada um pode escrutinar os seus desejos mais intímos no dia-a-dia para encontrar o seu caminho e voltar a perder-se.
Nas duas cidades proibidas, as pessoas viviam numa ausência total de moralidade, devotas ao vício e à luxúria, onde todo o tipo de perversão sexual era mera rotina. No entanto, Bavari tem uma perspectiva diferente destes locais: vê-os como um parque de diversões para visionários, e o seu olhar não é acusador, nem benevolente - simplesmente curioso. E desse olhar quase analítico nascem as imagens que agora vemos.
Bavari nasceu em Latina, uma pequena cidade a sul de Roma, decidindo-se pelo ramo artístico quando começou a fazer fotomontagens aos 15 anos. Depois, estudou cenografia, fotografia, história da arte, desenvolvendo as técnicas de pintura em óleo, aguarelas e estampas, ao mesmo tempo que experimentava métodos mais industriais e fotográficos. Desde 1993, trabalha em manipulação digital, desenvolvendo uma linguagem artística própria da qual estas séries são um exemplo.
Não deixe de visitar o site de Alessandro Bavari.
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2010/03/sodoma_e_gomorra_as_cidades_do_pecado_-_alessandro.html#ixzz0i19g2GhM
PERDIDAS EMBARCAÇÕES
PERDIDAS EMBARCAÇÕES
Valquíria Lins
Antes do mar havia um rio
Antes do rio, um riacho
No meu quintal tinha um poço
Junto do poço, o esgoto
Embarcações se perderam
Nas chuvas que apanhei
Bueiros, canos lodosos
Nos mares que naveguei
A chuva remou tudo em mim
Tantos papéis amassados
O que restou dos meus barcos
E nos borrões esquecidos
Busquei o poema não lido
Que escapou do naufrágio.
João Pessoa, 11 de março 2010.
Foto de Carla Freire/Paraíba/Brasil
Amigas e suas .........ARTES
a gente se ajeita num quarto sem sala
a gente mija mesmo fora da privada
a gente só tem vergonha na cara
a gente dorme numa cama de campanha
a gente quer solução urgente
a gente
ciente
da outra metade
terra
grátis
água
grátis
educação
grátis
há
ar
grátis
comunicação
direito do cidadão
grátis.
Riso Maria Dersu /S.Paulo/Brasil
Foto de cmi/Brasil
As noticias que eu gostaria de não ler
O cartunista Glauco Villas Boas, 53, foi morto nesta madrugada em sua casa, em Osasco, após uma tentativa de assalto ou sequestro --a polícia ainda investiga. Raoni, 25, um dos filhos do cartunista, também morreu durante uma discussão com dois homens armados que invadiram a casa.
De acordo com informações de Ricardo Handro, advogado de Glauco, os dois homens invadiram o local por volta da meia-noite. Glauco e sua mulher teriam sido agredidos várias vezes, mas o cartunista continuava negociando com os criminosos. Glauco teria convencido os bandidos a levá-lo, aparentemente para sacar dinheiro, deixando a mulher e filhos em casa.
Quando saía de casa, onde também fica a igreja Céu de Maria, da qual Glauco era padrinho fundador, o filho Raoni chegava. No portão, ao ver o pai sangrando e com uma arma apontada, houve discussão com os assaltantes, que atiraram e mataram pai e filho. Eles fugiram e estão sendo procurados.
Segundo informações do advogado, esta foi a primeira vez que a casa de Glauco foi invadida. O carro que estava com os assaltantes era roubado.
Um boletim de ocorrência foi registrado do 1º DP de Osasco, e a polícia agora investiga. Ninguém foi preso até o momento.
Raphael Falavigna/Folha Imagem
quinta-feira, 11 de março de 2010
FLOR
Amor Infinito
Chuva na Floresta
Chuva na floresta
Ela vem deslumbrante de cinza chumbo
ele vai alucinado de amarelo fogo
ela nuvem assanhada e derretendo de calor
ele sol envolvido e mergulhado no vapor
ela desce abrangente sobre o mundo
ele sobe dissolvente e profundo
Sandoval Fagundes, João Pessoa, 11 de março de 2010
Foto de Carla Freire/Portugal
REFLEXÃO
“A primeira prática para se atingir a perfeição é a Generosidade (“Dana").
Dar significa, primeiro, oferecer Alegria, Felicidade e Amor.
Existe uma planta, muito conhecida na Ásia - um membro da família das cebolas, que fica deliciosa nas sopas, no arroz frito e nas omeletes - que a cada vez que a cortamos torna a crescer em vinte e quatro horas. E quanto mais se corta essa planta, maior e mais forte ela cresce.
A planta representa a Generosidade. Não guardamos nada para nós. Apenas queremos dar.Talvez a outra pessoa se sinta feliz com isso, mas com certeza os maiores beneficiados seremos nós mesmos.Quer você dê sua presença, sua estabilidade, sua paz, sua leveza, sua firmeza,sua liberdade,ou sua compreensão, sua dádiva fará milagres.
A Generosidade é a prática do Amor." (Mestre Thich Nhat Hanh)
Foto de Carla Freire/Portugal
Conhecer a Paraíba
Foto de Carla Freire
O ponto de destaque do centro histórico de João Pessoa é o Centro Cultural São Francisco,(foto acima) um conjunto arquitetônico barroco construído no século XVII, constituído pela Igreja de São Francisco e o Convento de Santo Antônio. No convento está instalado o Museu de Cultura Popular, com peças religiosas belíssimas. Destacam-se os altares, revestidos de ouro, e o teto, onde um painel com 40 m de extensão retrata momentos da vida de São Francisco, com inserções de figuras locais da época.
A construção da Igreja de São Francisco foi iniciada em 1589, e ela é considerada um dos principais exemplos da arquitetura barroca portuguesa em solo brasileiro. Um majestoso Cruzeiro, guarda o acesso ao conjunto, e recomenda-se reservar ao menos duas horas para visitar este lugar com calma.
Foto de Carla Freire/João Pessoa/Paraíba
quarta-feira, 10 de março de 2010
Face da Miséria
FACE DA MISÉRIA
Valquíria Lins
Nos mangues de seres humanos
Há homens com caras de fósseis
Mulheres grávidas da fome
Alimentadas pelos homens
Que lhes dão filhos sem nome
Rebentos barrigas d´água
Vestidos pelos serenos
Colando cola sem sapatos
Cheirando fumo tremendo
Uma batida de tiras
Festejo de tiros na favela
Fogos de artifícios
Dos devotos da miséria
Vai o carro blindado
Com mais um bandido do mangue
É apenas um fóssil humano
Que só conheceu a fome.
Foto de Mario Mele/Brasil
Primavera
Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.
Pablo Neruda
Foto de Carla Freire/Março 2010/Portugal
terça-feira, 9 de março de 2010
SONHOS
ECOCASA
SEXTA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2008
ECOCASA CONSTRUÍDA POR PESQUISADORES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), coordenado pelo Prof. José Geraldo Baracuhy, desenvolveram o projeto de uma eco-residência.
A primeira delas já foi construída na comunidade de Latadinha, zona rural do município de São José do Sabugi (Paraíba) e foi possível através de apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico (CNPq/MCT), buscando proporcionar ao agricultor da zona rural nordestina condições de viver em grandes períodos sem chuva e de altas temperaturas com bem-estar e sem alterar radicalmente seu dia-a-dia a partir de métodos ambientalmente corretos.
Pensada em todos os detalhes que em geral passam despercebidos, o projeto é uma dessas iniciativas que merecem ser premiadas. O telhado da casa foi projetado com inclinação e quedas d´água para favorecer uma adequada captação das raras águas das chuvas. A cisterna que armazena a água foi construída próxima à residência, numa altura superior do terreno, para permitir o abastecimento apenas por gravidade, sem utilizar bombas ou qualquer outro contato.
Até a arquitetura da casa buscou preservar o meio ambiente e reduzir custos, procurando resgatar velhos costumes da região, como a colocação de um sótão na casa. O interior da casa é arejado e bem iluminado, em razão do pé-direito alto e janelas maiores, o que resulta em maior circulação de ar, menor transpiração e consumo de água. Quanto à estrutura, foi construída sob fortes fundações, pilares e vigas em concreto armado e produção de tijolos ecológicos, utilizando solo-cimento", disse o pesquisador José Geraldo Baracuhy.
A água utilizada para lavar as roupas eram despejadas no solo, encontrou-se a solução de reaproveitá-la, após a filtragem e decantagem, nas descargas sanitárias, reduzindo consideravelmente o consumo. Até estes resíduos sanitários, como também da cozinha, têm mecanismo para reutilização e infiltração no solo.
Para implementar o modelo da eco-residência, os pesquisadores de Campina Grande escolheram um local com grandes dificuldades em captação de água, sem poços tubulares, com usuários freqüentes de carros-pipa e dependentes das chuvas para represar a água. Em razão da opção por trabalhar com materiais alternativos e acabamento mínimo necessário, reduziu-se o custo em quase 50% em uma construção de 78m2 de área construída (casa, sótão e lavanderia), resultando num custo de R$ 10, 6 mil, enquanto uma residência convencional na região alcançaria cerca de R$ 20 mil.
Fica a pergunta
Quantas mais foram construídas até hoje?
PAPOILAS
Papoilas
estou opiada de ti
e percorres-me os nervos todos
com papoilas borboletas vermelhas
o meu corpo entrança-se de sonhos
e sente-se caminhando por dentro
aspiro-te
como se me faltasse o ar
e os perfumes dançam-me
qualquer coisa como uma droga bem forte
corpo e alma
rezam pequenas orações
gestos ritmados ao abraçar-te como que abraça
sonhos
coisa estranha
opiada me preciso ou apenas vestida de papoilas e
muito sol com luas por dentro
para poder mastigar estes sonhos
reais como mandrágoras
Ana Mafalda Leite/Portugal
Pensar Positivo
Acorde para Vencer
Quando o relógio despertar,
agradeça pela oportunidade de acordar mais um dia.
O bom humor é contagiante.
Espalhe-o. Fale de coisas boas, de sonhos, de amor.
Não se lamente. Comece a sorrir mais cedo.
Não viva emoções mornas e vazias. Cultive o seu interior.
Extraia o máximo das pequenas coisas.
Seja transparente e deixe que as pessoas
saibam que você gosta e precisa delas.
Repense os seus valores.
Tudo o que tem que ser feito merece ser bem feito.
Torne suas obrigações atraentes,
tenha garra e determinação.
Não trabalhe só pela obrigação,
mas pela satisfação da missão cumprida.
Transforme os seus movimentos em oportunidades.
Não inveje! Admire!Sinta entusiasmo com o sucesso alheio,
como se fosse o seu.
Ocupe seu tempo crescendo, desenvolvendo habilidades.
Só assim não terá tempo de criticar os outros.
Tenha fé, acredite. Você pode tudo que quiser
segunda-feira, 8 de março de 2010
UNIR
Lingua Portuguesa Aproxima-se do Estilo Brasileiro
Correio do Patriota - O português está a «aproximar-se do estilo brasileiro», lê-se num jornal de Pequim, num raro artigo acerca do acordo ortográfico da língua portuguesa. Um texto da agência noticiosa oficial chinesa citado pelo Beijing Times diz que os portugueses têm reagido de «diferentes maneiras» ao acordo e «alguns professores, editores e tradutores estão confusos».
A palavra «Egipto» perde a consoante muda («p»), passando a escrever-se «Egito», mas os seus habitantes continuam a chamar-se «egípcios», exemplifica o jornal. O artigo realça ainda que «o acordo adicionou três letras ao alfabeto português (K, W e Y), passando o total para 26».
Além de Portugal, «Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste também têm o português como língua oficial» e «muita gente usa o português em Macau e em Goa», indica o jornal.
Na China, o número de estudantes de português está a aumentar em ritmo acelerado devido ao crescente relacionamento com os países da CPLP, em especial Angola e o Brasil. Dezenas de milhares de chineses trabalham em Angola e o Brasil é o maior parceiro comercial da China na América Latina.
O ensino do português na China, confinado até há pouco tempo a três universidades - em Pequim, Xangai e Cantão - está hoje implantado numa dezena de cidades. A agência noticiosa oficial chinesa difunde um serviço em português e a Rádio Internacional da China tem também uma secção portuguesa.
Em ambos os casos, o «estilo brasileiro» é, há muito, dominante e qualquer daqueles órgãos de informação tem jornalistas brasileiros nas respectivas redacções.
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