segunda-feira, 15 de março de 2010

Brasis


Fundada em maio de 2009, como projeto do músico Rafael Araújo, em parceria com Milena Medeiros e Eliza Garcia, a banda Brasis enfrentou dificuldades para se reunir antes mesmo de começar a se apresentar. Mesmo assim, convites foram feitos e houveram apresentações em algumas festas do circuito universitário, logo conquistando o público com suas releituras da época da tropicália e de músicas locais. Em setembro do mesmo ano, a banda foi convidada a participar do tradicional Festival Cantatorre, organizado pela articulação cultural do Bairro da Torre em João Pessoa, em parceria com a secretaria de cultura (FUNJOPE). A partir daí, a banda começou a ser reconhecida no cenário da música popular de João Pessoa.

A Brasis surgiu numa época de grandes avanços no campo artístico-cultural da cidade, lugar que concentra um grande caldeirão de criatividade em ebulição constante e que uma vez viu a explosão do movimento Jaguaribe Carne, tendo agora a oportunidade de respirar mais uma vez a cultura pessoense propriamente dita, traduzida na música popular misturada com os ritmos que mais expressam a brasilidade no contexto geral.

O grupo começou tocando versões e adaptações livres de clássicos da MPB. Contudo, hoje já se vê uma identidade musical própria, muitas vezes intitulada como tropicalista. De fato, a banda respeita as influências que tem de Ney Matogrosso e Caetano Veloso e através dos maracatus, cirandas e côcos, entrelaçando-se com os grooves e elementos de terreiro, a Brasis não apenas revive a música brasileira, como também expressa um sentimento contido em toda uma geração de jovens universitários e brasileiros.

A força de luta dessa classe, vista tanto da posição social quanto da filosófica, une-se ao amor que se tem pela cidade natal, pelo estado e pelo desejo de fazer cultura e arte, sendo soprada aos ouvidos de quem merece saber que não está só na guerra pela vida e pelo conhecimento.

A banda recebeu críticas positivas em relação às apresentações e à proposta geral. O clima de brasilidade, de suingue, pode ser percebido quando do excelente desempenho de Rafael Araújo, fazendo um papel de frontman que há tempos não se via ou não se percebia em cima do palco. A força do compasso fica por conta de Eliza, comandando ritmos fortes que casam muito bem com a Alfaia de Jackeline Aires. Nas cordas, Milena Medeiros, Igor D'Angelis e Góis dão cores a músicas como “Zanzar” (de autoria de Bombinha – compositor do bairro da Torre), “O Legado de Matias”, “Meia Lua”, “Dos Dois aos Doze” e outras.
Para saber mais:http://gersonabrantes.blogspot.com/2010/03/brasis.html

Fotos: Sandoval Fagundes
Edição: Gerson Abrantes

1 comentário:

Café incenso e Vôos livres disse...

Ahhh ficou lindo esse post aqui, em breve o myspace sai. Beijão Carla valeu o espaço!
Fotos:Sandoval
Edição:Milena =)

Namastê