Meio Ambiente livre de Lixo
(autor desconhecido)
Um dia peguei um taxi para o aeroporto. Estávamos rodando na faixa certa, quando de repente um carro preto saltou do estacionamento na nossa frente.
O taxista pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz!
O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós nervosamente. Mas o taxista apenas sorriu e acenou para o cara, fazendo um sinal de positivo. E ele o fez de maneira bastante amigavel.
Indignado lhe perguntei: 'Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital!'
Foi quando o motorista do taxi me ensinou o que eu agora chamo de "A Lei do Caminhão de Lixo."
Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por ai carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, traumas e de desapontamento. À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente. Por isso não devemos tomar como pessoal. Pois não é nosso, então não é problema nosso!
Apenas sorria, acene, deseje-lhes o bem, e vá em frente. Não pegue o lixo de tais pessoas e nem o espalhe sobre outras pessoas no trabalho, EM CASA, ou nas ruas. Fique sempre tranquilo... respire... E DEIXE O LIXEIRO PASSAR.
O princípio disso é que pessoas felizes não deixam os caminhões de lixo estragarem o seu dia. Limpe os sentimentos ruins, aborrecimentos do trabalho, picuinhas pessoais, ódio e frustações.
Ame as pessoas que te tratam bem. E trate bem as que não o fazem.
A vida é dez por cento o que você faz dela e noventa por cento a maneira como você a recebe!
FILTRE O QUE É BOM E EDIFICANTE PARA SUA ALMA.
Tenha um bom dia, e uma Ótima Semana, Livre de lixo!
Texto enviado por email por um amigo
Fotografia de Carla Freire
segunda-feira, 12 de abril de 2010
domingo, 11 de abril de 2010
Primavera
Ode - primavera III
Na primavera da alma quero um poema novo
No meu jardim quero uma poesia somente tua
E nos jardins do mundo dançaremos felizes
Nessa primavera
A alma azul nascerá para ser nosso anjo-guia
Anjo dos corpos de nossas almas todas azuis
Nessa primavera e para sempre.
Ana Dev'as Garjan
Foto de Carla Freire
Na primavera da alma quero um poema novo
No meu jardim quero uma poesia somente tua
E nos jardins do mundo dançaremos felizes
Nessa primavera
A alma azul nascerá para ser nosso anjo-guia
Anjo dos corpos de nossas almas todas azuis
Nessa primavera e para sempre.
Ana Dev'as Garjan
Foto de Carla Freire
Frases
Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira.
Che Guevara
Foto de Carla Freire/Portugal
Che Guevara
Foto de Carla Freire/Portugal
FLORES
FLORES
Era preciso agradecer às flores
Terem guardado em si,
Límpida e pura,
Aquela promessa antiga
Duma manhã futura.
Sophia de Mello Breyner
Foto de Carla Freire
Era preciso agradecer às flores
Terem guardado em si,
Límpida e pura,
Aquela promessa antiga
Duma manhã futura.
Sophia de Mello Breyner
Foto de Carla Freire
Casamento Perfumado
Queria certa donzela,
de olfacto bem apurado,
que o seu casamento fosse
de sempre o mais perfumado.
Seu nome era Rosa Branca,
Cravo Vermelho seu noivo
madrinha, D. Açucena,
padrinho, o senhor D. Goivo.
Sua grinalda enfeitou
com flores de laranjeira
e na sua mão levou
um ramo de erva cidreira.
Seus pajens, os Manjericos;
Violetas, suas aias,
seu pai, o senhor Junquilho
Madressilva em lindas saias.
Veio dizer a cozinheira
que ia tudo perfumar:
"Trago salsa e hortelã
para pôr no seu jantar.
Que belo aroma que dão
a canela e o coco;
para perfumar os bolos
vou juntar vinho do Porto.
A bela Erva-Luísa
veio para servir o chá;
como é toda perfumada
que belo jeito me dá.
Diga-me lá D. Rosa,
se mais perfumes deseja."
Haverá um casamento
que mais perfumado seja?
Foto de Carla Freire/Portugal
de olfacto bem apurado,
que o seu casamento fosse
de sempre o mais perfumado.
Seu nome era Rosa Branca,
Cravo Vermelho seu noivo
madrinha, D. Açucena,
padrinho, o senhor D. Goivo.
Sua grinalda enfeitou
com flores de laranjeira
e na sua mão levou
um ramo de erva cidreira.
Seus pajens, os Manjericos;
Violetas, suas aias,
seu pai, o senhor Junquilho
Madressilva em lindas saias.
Veio dizer a cozinheira
que ia tudo perfumar:
"Trago salsa e hortelã
para pôr no seu jantar.
Que belo aroma que dão
a canela e o coco;
para perfumar os bolos
vou juntar vinho do Porto.
A bela Erva-Luísa
veio para servir o chá;
como é toda perfumada
que belo jeito me dá.
Diga-me lá D. Rosa,
se mais perfumes deseja."
Haverá um casamento
que mais perfumado seja?
Foto de Carla Freire/Portugal
ESPERAR
ESPERAR
Valquíria Lins/João Pessoa/Paraíba/Brasil
Esperar que as nuvens cubram a parte escura
Que a ressaca do mar vomite suas enxaquecas
Que o lobo das estepes acorde do seu sono hibernal e de suas lendas
Que o vampiro hemofílico use descartáveis
Esperar que a chuva caia horizontal
Pois está verticalmente cansada!
Esperar que o Sol com sua saia dourada
Vista os despidos em trevas
E que Deus lá de cima
Jogue incenso na Terra.
Pintura de Marcos Paulo/Paraíba/Brasil
Valquíria Lins/João Pessoa/Paraíba/Brasil
Esperar que as nuvens cubram a parte escura
Que a ressaca do mar vomite suas enxaquecas
Que o lobo das estepes acorde do seu sono hibernal e de suas lendas
Que o vampiro hemofílico use descartáveis
Esperar que a chuva caia horizontal
Pois está verticalmente cansada!
Esperar que o Sol com sua saia dourada
Vista os despidos em trevas
E que Deus lá de cima
Jogue incenso na Terra.
Pintura de Marcos Paulo/Paraíba/Brasil
quinta-feira, 8 de abril de 2010
É o AMOR
Maria Bethânia
Composição: Zezé DiCamargo
Eu não vou negar que sou louco por você
Estou maluco pra lhe ver
Eu não vou negar
Eu não vou negar, sem você tudo é saudade
Você traz felicidade
Eu não vou negar
Eu não vou negar, você é meu doce mel, meu pedacinho de Céu
Eu não vou negar
Você é minha doce amada, minha alegria
Meu conto de fadas, minha fantasia
A paz que eu preciso pra sobreviver
Eu sou o seu apaixonado de alma transparente
Um louco alucinado meio inconsequente
Um caso complicado de se entender
É o amor
Que mexe com minha cabeça e me deixa assim
Que faz eu pensar em você e esquecer de mim
Que faz eu esquecer que a vida e feita pra viver
É o amor
Que veio como um tiro certo no meu coração
Que derrubou a base forte da minha paixão
E fez eu entender que a vida é nada sem você
Eu não vou negar, você é meu doce mel, meu pedacinho de céu
Eu não vou negar
Você é minha doce amada, minha alegria
Meu conto de fadas, minha fantasia
A paz que eu preciso pra sobreviver
Eu sou o seu apaixonado de alma transparente
Um louco alucinado meio inconsequente
Um caso complicado de se entender
É o amor
Que mexe com minha cabeça e me deixa assim
Que faz eu pensar em você e esquecer de mim
Que faz eu esquecer que a vida e feita pra viver
É o amor
Que veio como um tiro certo no meu coração
Que derrubou a base forte da minha paixão
E fez eu entender que a vida é nada sem você
Catástrofe
Catástrofe
Hoje olho um horizonte triste
Choro uma cachoeira de lama
Meu coração transborda lixo
E esse nó maltrata minh’alma
Hoje sou um carioca em desespero
Sou a criança que perdeu seus pais
Sou um pai procurando o filho
Um andarilho na imensidão do cais
Hoje, minha triste alma goteja sangue.
Marçal Filho
Itabira MG
08/04/2010
Quero um colo e uma toalhinha por favor...
Hoje olho um horizonte triste
Choro uma cachoeira de lama
Meu coração transborda lixo
E esse nó maltrata minh’alma
Hoje sou um carioca em desespero
Sou a criança que perdeu seus pais
Sou um pai procurando o filho
Um andarilho na imensidão do cais
Hoje, minha triste alma goteja sangue.
Marçal Filho
Itabira MG
08/04/2010
Quero um colo e uma toalhinha por favor...
Nada Igual
Nada Igual
Sei bem que é difícil
Esse amor mestiço do aço com a seda
A gente, se arranha, se rasga
Mas nunca que chega
São reinos distintos
São dois labirintos que não tem final
Que nunca se encontram
Às vezes se tocam... fazenda e metal
Me beija com vinho, se deita comigo
Desiste, me evita
A gente é tão triste
Mas nossa loucura até que é bonita
Nem tudo é só jogo
Nós dois, findo o fogo, carvão vegetal
Casal, caso sério
A flor com o minério... não há nada igual
Letra de uma musica de Rosa Passos
body painting de Craig Tracy
Sei bem que é difícil
Esse amor mestiço do aço com a seda
A gente, se arranha, se rasga
Mas nunca que chega
São reinos distintos
São dois labirintos que não tem final
Que nunca se encontram
Às vezes se tocam... fazenda e metal
Me beija com vinho, se deita comigo
Desiste, me evita
A gente é tão triste
Mas nossa loucura até que é bonita
Nem tudo é só jogo
Nós dois, findo o fogo, carvão vegetal
Casal, caso sério
A flor com o minério... não há nada igual
Letra de uma musica de Rosa Passos
body painting de Craig Tracy
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Génios da Fotografia
As fotografias nunca mais foram as mesmas desde que Christophe Gilbert começou a trabalhar em fotografia.
Gilbert usa como ninguém o photophop, juntando às fotografias de alta qualidade bastante criatividade e um toque de humor. O resultado são imagens hiper-realistas, distorcidas pelo seu domínio da técnica. Mesmo que nunca tenha ouvido falar dele, decerto que já esbarrou com um das suas imagens na rede, pois são umas das mais reproduzidas.
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2010/02/christophe_gilbert_fotografia_criativa.html#ixzz0kSQDa92F
Gilbert usa como ninguém o photophop, juntando às fotografias de alta qualidade bastante criatividade e um toque de humor. O resultado são imagens hiper-realistas, distorcidas pelo seu domínio da técnica. Mesmo que nunca tenha ouvido falar dele, decerto que já esbarrou com um das suas imagens na rede, pois são umas das mais reproduzidas.
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2010/02/christophe_gilbert_fotografia_criativa.html#ixzz0kSQDa92F
MEU BEM
de me estirar no seu jardim
pousar em sua vida
engomar o seu cetim
encortinar o seu destino
pra te ter perto de mim
Assim como
Rio Niterói
Oiapoque ao Chui
se calor
te cobriria de rosas
se esfriasse
de agasalharia de beijos
e quando sem fim
O destino marcasse
te libertaria dos meus abraços
Riso Maria Dersu/S.Paulo/Brasil
Fotografia de Carla Freire/Portugal
Pensamentos
Enquanto houver um louco, um
poeta e um amante...
Haverá sonho, amor e fantasia.
E enquanto houver sonho, amor e fantasia
haverá esperança. Nada virá do nada!"
Shakespeare
Foto de Carla Freire/Portugal
poeta e um amante...
Haverá sonho, amor e fantasia.
E enquanto houver sonho, amor e fantasia
haverá esperança. Nada virá do nada!"
Shakespeare
Foto de Carla Freire/Portugal
domingo, 4 de abril de 2010
Meu Ébano
Alcione
Foto de Carla Freire
É!
Você um negão
De tirar o chapéu
Não posso dar mole
Senão você créu!
Me ganha na manha e baubau
Leva meu coração...
É!
Você é um ébano
Lábios de mel
Um príncipe negro
Feito a pincel
É só melanina
Cheirando à paixão...
É!
Será que eu caí
Na sua rede
Ainda não sei!
Sei não!
Mas tô achando
Que já dancei!
Na tentação da sua cor...
Pois é!
Me pego toda hora
Querendo te ver
Olhando pras estrelas
Pensando em você
Negão, eu tô com medo
Que isso seja amor....
Moleque levado
Sabor de pecado
Menino danado
Fiquei balançada
Confesso
Quase perco a fala
Com seu jeito
De me cortejar
Que nem mestre-sala...
Meu preto retinto
Malandro distinto
Será que é instinto
Mas quando te vejo
Enfeito meu beijo
Retoco o batom
A sensualidade
Da raça é um dom
É você, meu ébano
É tudo de bom!...
Foto de Carla Freire
É!
Você um negão
De tirar o chapéu
Não posso dar mole
Senão você créu!
Me ganha na manha e baubau
Leva meu coração...
É!
Você é um ébano
Lábios de mel
Um príncipe negro
Feito a pincel
É só melanina
Cheirando à paixão...
É!
Será que eu caí
Na sua rede
Ainda não sei!
Sei não!
Mas tô achando
Que já dancei!
Na tentação da sua cor...
Pois é!
Me pego toda hora
Querendo te ver
Olhando pras estrelas
Pensando em você
Negão, eu tô com medo
Que isso seja amor....
Moleque levado
Sabor de pecado
Menino danado
Fiquei balançada
Confesso
Quase perco a fala
Com seu jeito
De me cortejar
Que nem mestre-sala...
Meu preto retinto
Malandro distinto
Será que é instinto
Mas quando te vejo
Enfeito meu beijo
Retoco o batom
A sensualidade
Da raça é um dom
É você, meu ébano
É tudo de bom!...
Luz e Cruz
Luz e Cruz
Valquíria Lins
Aleluia nas penumbras
Nas correntes de Prometeu
Nas dores do Calvário
Na lágrima do Judeu
No mítico, profano, sacro
Na rua do bairro meu
No regar das flores mortas
No domingo de apogeu
Perambulando fantasmas
De uma Semana Sagrada
Abutres picando Jesus
Açoites na madrugada
Judas a morrer na calçada
Delírios de Luz e Cruz.
João Pessoa, 04 de abril de 2010
Fotografia de Carla Freire/Portugal
Valquíria Lins
Aleluia nas penumbras
Nas correntes de Prometeu
Nas dores do Calvário
Na lágrima do Judeu
No mítico, profano, sacro
Na rua do bairro meu
No regar das flores mortas
No domingo de apogeu
Perambulando fantasmas
De uma Semana Sagrada
Abutres picando Jesus
Açoites na madrugada
Judas a morrer na calçada
Delírios de Luz e Cruz.
João Pessoa, 04 de abril de 2010
Fotografia de Carla Freire/Portugal
Amigas e suas .........ARTES
ARTE CIRCENSE
Saudade da cor preta do esmalte
do peito sangrando segredos
Saudade da cruz sedada de prata
cristal preso na ponta da vaca
Saudade é só uma cor que rola
nos olhos de um caminhar lento
no silêncio das novas janelas de vidro
que pouco abro aos ventos do quarto
Saudade de nunca perder a hora de lembrar você
de me virar nos teus braços e sem fuga me encantar
Saudade de quando tiras o meu ar e me
alivia do calor no sopro do som
assim com a mão, com o pé, sem chão
Saudade da espinha dos ossos da coluna nua
das imagens da arte circense
que benze, me benze, me benze.
Riso Maria Dersu /S.Paulo/Brasil
Fotografia de Carla Freire/Portugal
sábado, 3 de abril de 2010
Tome Música
http://www.youtube.com/watch?v=Ju7ZXZbbYTM&feature=PlayList&p=A514273424373571&playnext_from=PL&index=0&playnext=1
Clic no Link para ouvir Carly Simon no Youtube
depois volte!
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Agostinho da Silva # Felicidade e infelicidade
Os felizes passam na vida como viajantes de trem que levassem toda a viagem dormindo; só gozam o trajecto os que se mantêm bem despertos para entender as duas coisas fundamentais do mundo: a implacabilidade, a cegueira, a inflexibilidade das leis mecânicas, que são bem as representantes do Fado, e cuja grandeza verdadeira só se pode sentir bem no desastre; é quando a catástrofe chega que a fatalidade se mede em tudo o que tem de divino, e foi pena que não fosse esta a lição essencial que tivéssemos tirado da tragédia grega; como pena foi que só tivéssemos olhado o fatalismo dos árabes pelo seu lado superficial.
Por outra parte, é igualmente na desgraça que se mede a outra grande força do mundo, a da liberdade do espírito, que permite julgar o valor moral no desastre e permite superar, pelo seu aproveitamento, o toque do fatal; não creio que Prometeu estivesse alguma vez verdadeiramente encadeado: talvez o estivesse antes ou depois da prisão; mas era realmente um espírito de liberdade e um portador de liberdade o que, agrilhoado a montanha, se sentiu mais livre ainda; porque podia consentir ou não no desastre, superá-lo ou não, ser alegre ou não. E este ser alegre não significa de modo algum a alegria daquele tipo americano de «Quebre uma perna e ria»; acho que eram muito mais alegres as pragas dos velhos soldados de Napoleão. No fundo é o seguinte: é necessário, ajudando a realizar o homem no que tem de melhor, que a mesma energia que se revelou pela física no mundo da extensão, se revele pelo espírito no mundo do pensamento e domine a primeira vaga de energia, como onda rolando sobre onda mais alto vai. E mais ainda: que pelo momento de infelicidade, o que não poderá nunca suceder no caso da felicidade, entenda o homem como as duas espécies ou os dois aspectos de energia se reúnem em Deus. Só por costume social deveremos desejar a alguém que seja feliz; às vezes por aquela piedade da fraqueza que leva a tomar crianças ao colo; só se deve desejar a alguém que se cumpra: e o cumprir-se inclui a desgraça e a sua superação.
de Agostinho da Silva
in “Textos e Ensaios Filosóficos”
Disse Agostinho da Silva: Ser intransigente com os outros não tem grande sentido; eles são o que podem ser e creio bem que seriam melhores se o pudessem !
Por outra parte, é igualmente na desgraça que se mede a outra grande força do mundo, a da liberdade do espírito, que permite julgar o valor moral no desastre e permite superar, pelo seu aproveitamento, o toque do fatal; não creio que Prometeu estivesse alguma vez verdadeiramente encadeado: talvez o estivesse antes ou depois da prisão; mas era realmente um espírito de liberdade e um portador de liberdade o que, agrilhoado a montanha, se sentiu mais livre ainda; porque podia consentir ou não no desastre, superá-lo ou não, ser alegre ou não. E este ser alegre não significa de modo algum a alegria daquele tipo americano de «Quebre uma perna e ria»; acho que eram muito mais alegres as pragas dos velhos soldados de Napoleão. No fundo é o seguinte: é necessário, ajudando a realizar o homem no que tem de melhor, que a mesma energia que se revelou pela física no mundo da extensão, se revele pelo espírito no mundo do pensamento e domine a primeira vaga de energia, como onda rolando sobre onda mais alto vai. E mais ainda: que pelo momento de infelicidade, o que não poderá nunca suceder no caso da felicidade, entenda o homem como as duas espécies ou os dois aspectos de energia se reúnem em Deus. Só por costume social deveremos desejar a alguém que seja feliz; às vezes por aquela piedade da fraqueza que leva a tomar crianças ao colo; só se deve desejar a alguém que se cumpra: e o cumprir-se inclui a desgraça e a sua superação.
de Agostinho da Silva
in “Textos e Ensaios Filosóficos”
Disse Agostinho da Silva: Ser intransigente com os outros não tem grande sentido; eles são o que podem ser e creio bem que seriam melhores se o pudessem !
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Palavras Sábias
Recuso-me a ficar triste. Sejamos alegres.
Quem não tiver medo de ficar alegre e experimentar
uma só vez sequer a alegria doida e profunda terá
o melhor de nossa verdade. Eu estou
apesar de tudo, oh, apesar de tudo,
estou sendo alegre neste instante
já que passa se eu não fixá-lo com palavras.
Estou sendo alegre neste mesmo instante
porque me recuso a ser vencida:
então eu amo. Como resposta.
(Clarice Lispector)
Foto de Carla Freire
Sexta Santa
A minha sexta é santa
A minha cara é tanta
do cheiro da maresia
É que nesse dia
eu só tinha sardinha
Festinha na casa
de farinha
Riso Maria Dersu /S.Paulo/Brasil
Fotografia de Carla Freire/Portugal
Monólogo de Orfeu
Monólogo de Orfeu
Vinicius de Moraes
Mulher mais adorada!
Agora que não estás,
deixa que rompa o meu peito em soluços
Te enrustiste em minha vida,
e cada hora que passa
É mais por que te amar
a hora derrama o seu óleo de amor em mim, amada.
E sabes de uma coisa?
Cada vez que o sofrimento vem,
essa vontade de estar perto, se longe
ou estar mais perto se perto
Que é que eu sei?
Este sentir-se fraco,
o peito extravasado
o mel correndo,
essa incapacidade de me sentir mais eu, Orfeu;
Tudo isso que é bem capaz
de confundir o espírito de um homem.
Nada disso tem importância
Quando tu chegas com essa charla antiga,
esse contentamento, esse corpo
E me dizes essas coisas
que me dão essa força, esse orgulho de rei.
Ah, minha Eurídice
Meu verso, meu silêncio, minha música.
Nunca fujas de mim.
Sem ti, sou nada.
Sou coisa sem razão, jogada, sou pedra rolada.
Orfeu menos Eurídice: coisa incompreensível!
A existência sem ti é como olhar para um relógio
Só com o ponteiro dos minutos.
Tu és a hora, és o que dá sentido
E direção ao tempo,
minha amiga mais querida!
Qual mãe, qual pai, qual nada!
A beleza da vida és tu, amada
Milhões amada! Ah! Criatura!
Quem poderia pensar que Orfeu,
Orfeu cujo violão é a vida da cidade
E cuja fala, como o vento à flor
Despetala as mulheres -
que ele, Orfeu,
Ficasse assim rendido aos teus encantos?
Mulata, pele escura, dente branco
Vai teu caminho
que eu vou te seguindo no pensamento
e aqui me deixo rente quando voltares,
pela lua cheia
Para os braços sem fim do teu amigo
Vai tua vida, pássaro contente
Vai tua vida que estarei contigo.
Vinicius de Moraes
Mulher mais adorada!
Agora que não estás,
deixa que rompa o meu peito em soluços
Te enrustiste em minha vida,
e cada hora que passa
É mais por que te amar
a hora derrama o seu óleo de amor em mim, amada.
E sabes de uma coisa?
Cada vez que o sofrimento vem,
essa vontade de estar perto, se longe
ou estar mais perto se perto
Que é que eu sei?
Este sentir-se fraco,
o peito extravasado
o mel correndo,
essa incapacidade de me sentir mais eu, Orfeu;
Tudo isso que é bem capaz
de confundir o espírito de um homem.
Nada disso tem importância
Quando tu chegas com essa charla antiga,
esse contentamento, esse corpo
E me dizes essas coisas
que me dão essa força, esse orgulho de rei.
Ah, minha Eurídice
Meu verso, meu silêncio, minha música.
Nunca fujas de mim.
Sem ti, sou nada.
Sou coisa sem razão, jogada, sou pedra rolada.
Orfeu menos Eurídice: coisa incompreensível!
A existência sem ti é como olhar para um relógio
Só com o ponteiro dos minutos.
Tu és a hora, és o que dá sentido
E direção ao tempo,
minha amiga mais querida!
Qual mãe, qual pai, qual nada!
A beleza da vida és tu, amada
Milhões amada! Ah! Criatura!
Quem poderia pensar que Orfeu,
Orfeu cujo violão é a vida da cidade
E cuja fala, como o vento à flor
Despetala as mulheres -
que ele, Orfeu,
Ficasse assim rendido aos teus encantos?
Mulata, pele escura, dente branco
Vai teu caminho
que eu vou te seguindo no pensamento
e aqui me deixo rente quando voltares,
pela lua cheia
Para os braços sem fim do teu amigo
Vai tua vida, pássaro contente
Vai tua vida que estarei contigo.
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